STREAP-TEASE ANDO-ME


Dispo
bem lentamente
todos os sonhos meus
Tiro
de mim as roupas
dos meus apogeus
Rasgo
os aparatos
das ternuras então
Limpo
da minha face
a maquiagem
que fez, de mim, em vão
Sigo
streap-tease ando-me
pela vida, enfim
desnudo
diante as platéias
que zombam de mim
Sinto
Ser, neste palco da vida
um tiro de festim
um bobo da corte
um mandarim
Um príncipe sem sorte
um arlequim
ou, até mesmo
o princípio do fim

GilbertoMaha®©

2 comentários:

Anônimo disse...

Gilberto, meu querido poeta!!

Profundo e doído esse seu poema.
Tirar as máscaras, desvencilhar-se das pinturas, ver-se realmente.
Infelizmente nem sempre a gente fica feliz como que encontra né??
Aplausos, poeta, aplausos!!

Beijos ternurentos

Clau Assi

Marcia Mattoso disse...

Lindo...nada mais posso dizer...simplesmente lindo!
Como tudo aquilo que escreves...perco o folego a cada palavra.
Dispo-me de tudo...dispo-me da vida!!!
Carinhos

...
"Sou o teu inicio,
o teu meio,
mas sem fim...
sou o teu desejado enfim!"
(Fruto Proibido)